Como é difícil falar sobre minha banda favorita. Imaginei que o 1º post neste humilde blog seria sobre Dream Theater, mas não foi. Como todos dizem Dream Theater é uma banda que ou você ama ou odeia. Outros dizem que é uma banda só pra quem é músico. Conheci a banda pelo disco de 1992 “Images & Words”, confesso que não curti de primeira, mas era viciado na música “Another Day”. Aquelas músicas de 8-10 minutos me desanimavam, ainda mais para um cara que estava viciado em bandas como Angra, Helloween e similares em que o tempo médio das músicas é de 5 minutos. Para mim, as músicas não terminavam, e ainda mais, não percebia a exímia técnica de cada músico, não conseguia escutar clássicos como “Metropolis”, “Take The Time” ou uma power-ballad como “Surrounded”.
Mas voltemos em 2004, na casa de Murillo, um velho amigo com quem eu trocava materiais de bandas. O maluco põe um CD preto no microsystem que imediatamente começa a tocar, um som de “orquestra” vem surgindo lentamente e quebra numa introdução de baixo com uma leve distorção e que vem crescendo com bateria e guitarra bem pesados, num compasso alternado de riffs arrastados e harmônicos. Entra um vocal melódico cantando uma letra meio rappeada. Um senhor solo poderoso cheio de arpeggios do senhor John Petrucci. A música acaba, mas ainda continua o som do grito da guitarra ecoando pela sala, do nada entra toda a banda numa introdução super-pesada com a bateria comendo nos bumbos duplos, guitarra meio cavalgada quebrando todos os tempos possíveis, a música cresce, cresce, ah vários climas, mas se sobrepõe um clima dark e pesado. A música tem 11:28 mins. Mas você não sente o tempo passar, pelo menos eu. Bem no finalzinho há um belo duelo de guitarra e teclado se masturbando sonoramente por 1 minuto infernal. Te faz imaginar que os dedos de John Petrucci estão sangrando de tocar tão rápido e tão feroz nessa música.
Aí me pergunto: como uma banda consegue fazer um som tão poderoso e tão técnico assim? Pergunto o nome da banda para meu amigo e ele diz: “uai, véi, Dream Theater!”. Mentira! Como fui tão surdo de deixar essa banda passar tão batido assim?
As músicas que eu tentei detalhar acima são “As I Am” e “This Dying Soul”, do 7º álbum de estúdio do Dream Theater: “Train Of Thought”. O melhor disco deles para mim, creio eu porque seja o disco que impactou meus ouvidos com esses americanos. Disco essencial para qualquer fã de metal. Não posso deixar de citar as épicas “Honor Thy Father” com uma excelente aula de como se tocar bateria com o melhor baterista do mundo Mike Portnoy e “In The Name Of God” com seus 14 mins de poesia musical. Creio que esse último parágrafo foi o menos inspirado, pois estou emocionado demais para falar, só você escutando essa bolacha e tentar sentir o que eu senti escutando. Enjoy!
01- As I Am
02- This Dying Soul
03- Endless Sacrifice
04- Honor Thy Father
05- Vacant
06- Stream Of Consciousness
07- In The Name Of God
Formação no Train of Thought:
James LaBrie - Voz
John Petrucci - Guitarra
John Myung - Baixo
Jordan Rudess - Teclado
Mike Portnoy - Bateria
SITE OFICIAL
0 comentários:
Postar um comentário